Em meio a crise inflacionária, os Juros curtos atuaram em harmonia até que a SELIC terminal fosse precificada em 13,75%. O DI23 diminuiu sua volatilidade em meados de 22 de julho, próximo ao último COPOM em Agosto. A partir dessa data, os outros DIs curtos, 2024 e 2025 seguiram precificando a queda na percepção de inflação decorrente os eventos nos preços de energia no Brasil.
A percepção de queda nos Juros mostra como os investidores olham com otimismo os próximos anos no Brasil, vendo uma desaceleração maior na inflação, e a precificação de redução de juros para 11,50% ao fim de 2023.
Esse descolamento sinaliza bem a recuperação das ações de varejo, bem como a desaceleração no dólar nos últimos dias, afinal, política monetária contracionista consiste em juros elevados, e expansionista em juros baixos.
A pergunta que fica é, essa sinalização de deflação é permanente ou artificial?
Se você procura bons sinais de correlação para operar o mercado futuro de Dólar, sugiro prestar mais a atenção em um DI curto (DI1F25) e um Di longo (DI1F29), para ter uma boa noção da percepção de crédito futura. Embora estamos poucos dias das eleições e isso trás volatilidade de forma geral, as taxas de Juros vem influenciando o dólar no intraday de forma muito assertiva.